De acordo com o guia Efemérides Astronômicas 2024, elaborado pelo Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os meses de setembro e outubro deste ano serão marcados por dois eventos astronômicos notáveis.
Um deles é o eclipse parcial da Lua, que ocorrerá na noite de 17 de setembro. Além disso, o cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, também conhecido como o “cometa do século”, se aproximará significativamente.
Este corpo celeste estará mais próximo do Sol em 27 de setembro e sua maior proximidade com a Terra acontecerá na noite de 12 de outubro.
Eclipse parcial da Lua
“Um eclipse lunar parcial poderá ser visto em todas as Américas na transição da noite do dia 17 para o 18 de setembro. O eclipse será, entretanto, muito tênue, com a Lua sendo encoberta em apenas 0.08%”, informa o guia.
O início do eclipse está previsto para as 23h12, alcançando seu ponto máximo às 23h44 e concluindo-se à 0h16 (horário de Brasília).
Tipos de eclipses lunares:
- Eclipse lunar penumbral: É a forma mais leve de eclipse. Acontece quando a Lua passa pela penumbra, a sombra exterior da Terra. A luminosidade lunar diminui levemente, pois está próxima ao cone de sombra terrestre.
- Eclipse lunar parcial: Ocorre quando a sombra da Terra cobre parte do disco lunar. Isso se dá conforme os movimentos relativos entre Terra e Lua ao redor do Sol.
- Eclipse lunar total: Neste tipo, todo o disco lunar é encoberto pela umbra, a parte mais escura da sombra da Terra.
Eclipse lunar versus eclipse solar:
- Eclipse lunar: A Terra se posiciona entre a Lua e o Sol.
- Eclipse solar: A Lua fica entre o Sol e a Terra.
Variedades de eclipses solares:
- Eclipse solar parcial: Somente uma parte do Sol é ocultada pela Lua.
- Eclipse solar anular: A Lua encobre o centro do Sol, deixando visível um anel luminoso ao redor.
- Eclipse solar total: O disco lunar cobre completamente o Sol.
- Eclipse solar híbrido: Varia entre anular e total, dependendo da localização na Terra.
“Cometa do século” se aproxima da Terra
O cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS terá sua maior aproximação ao Sol em 27 de setembro. Se mantiver seu brilho, espera-se que seja visível da Terra, conforme indicações do site Earth Sky. Astrônomos globalmente acompanham com expectativa sua visibilidade a olho nu.
“Este astro estará visível, por meio de binóculos e possivelmente a olho nu, em céus escuros, na última semana do mês, quando irá transitar pela constelação de Sextante, direção leste”, relata o guia do Observatório do Valongo.
“Máxima aproximação do cometa com a Terra (71 milhões de quilômetros). O cometa poderá ser melhor observado (com binóculos e possivelmente a olho nu, em céus escuros) no começo da noite de 12 de outubro, quando irá transitar pelas constelações de Serpente e Ofiúco”, complementa o documento.
Segundo a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (NASA), ele é classificado como um cometa periódico tipo Halley e foi descoberto no começo de 2023.
Os cometas são constituídos por poeira, gases congelados, gelo e rochas que se agregaram após a formação do Sistema Solar. Conforme se aproximam do Sol, aquecem gradualmente e tornam-se mais luminosos. O gelo se converte em gás e dispersa a poeira, formando a característica cauda dos cometas.
